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Cientistas reformulam teorias sobre o ovo de dinossauro.

dinossauro 2Quando falamos sobre o nascimento de dinossauros, é comum imaginarmos um pequeno réptil quebrando a dura casca de seu ovo para conhecer o mundo. No entanto, um estudo publicado em 17 de junho deste ano, na revista científica Nature revelou que os primeiros dinossauros botavam ovos de casca mais mole, muito parecido com os de tartarugas.

A pesquisa foi liderada pelo Museu Americano de História Natural e pela Universidade Yale. Para conduzi-la, os cientistas analisaram do ponto de vista geoquímico os ovos de duas espécies distintas dinossauros. A conclusão foi de que suas propriedades mecânicas e composição são semelhantes às encontradas nos ovos de tartarugas.

Até então, a teoria dominante na comunidade científica era a de que esses ovos possuíam cascas duras. Isso porque, ao longo das últimas décadas, os ovos de dinossauros encontrados eram desse tipo. Além disso, as aves e crocodilos — parentes mais próximos dos dinossauros na atualidade — botam ovos de casca dura.

No entanto, é preciso levar em consideração que os ovos encontrados representavam apenas três grupos de dinossauros. Por outro lado, muitas espécies dos grandes répteis foram encontradas na forma de fóssil, mas sem vestígio de seus ovos.

Pergunta-se: por que esses ovos nunca foram encontrados? Segundo o novo estudo, pode ser que o motivo seja que eles possuíam a casca mole, facilitando sua degradação ao longo dos anos e removendo seus resquícios da terra.

dinossauroDurante o estudo, os pesquisadores analisaram ovos de duas espécies de dinossauros: os Protoceratops, herbívoros quadrúpedes do tamanho de ovelhas que viveram entre 75 e 71 milhões de anos atrás onde hoje fica a Mongólia, e os Mussauros, também herbívoros que alcançavam mais de seis metros de comprimento e habitavam o planeta entre 227 e 208,5 milhões de anos na atual Argentina.

Os espécimes utilizados no estudo incluem doze ovos e embriões de Protoceratops, seis dos quais apresentavam esqueletos quase completos do animal. Após investigação cuidadosa em laboratório, os cientistas verificaram que ambos os tipos de ovos não possuíam indícios de biomineralização, indicando que eram menos duros e possuíam uma textura parecida com a do couro.

Fonte: Site Veja

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Dinos do gênero Alossaurus praticavam canibalismo.

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Os dinos carnívoros do gênero Allosaurus viveram no final do período Jurássico, há algo entre 155 e 145 milhões de anos. Atingiam, em média, 9 metros de comprimento; alguns indivíduos particularmente bem alimentados podiam bater a marca dos 12 metros. Eles eram bípedes, com um par de pernas musculosas e dois bracinhos de aparência débil – mais ou menos como os T. Rex.

(A maioria dos leigos diria que os Alossaurus lembram superficialmente os T. Rex, ainda que eles sejam animais bem diferentes, que nunca se encontraram: um viveu 80 milhões de anos depois do outro. O T. Rex está mais próximo temporalmente da invenção do iPhone do que os Alossauros estão do T. Rex.)

A análise de 2368 ossos de dinossauro de 152 milhões de anos atrás, fossilizados na pedreira de Mygatt-Moore, no oeste de Colorado, nos EUA revelou que 684 deles – 29% do lote – tinham marcas de dentes de Allosaurus. O surpreendente era que muito dos ossos eram dos próprios Allosaurus. Sinal de que eles almoçavam os membros de sua espécie. A questão é saber se isso era um hábito recorrente – ou se só acontecia em momentos de fome extrema.

Fonte: Site Super Interessante

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Sua dor nas costas pode ser culpa de seus ancestrais, diz estudo.

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De acordo com um estudo feito por pesquisadores norte-americanos, a dor nas costas pode ser consequência da evolução da humanidade. Cientistas da Universidade de Simon Fraser, no Canadá, da Universidade de Liverpool, no Reino Unido, e da Universidade de Sydney, nos Estados Unidos, estabeleceram uma relação entre o desconforto físico localizado na coluna e a evolução do ser humano.

A intenção da pesquisa foi feita para investigar o porquê algumas pessoas possuem mais risco de sofrer espondilólise – lesão nos ossos das regiões anterior e posterior da coluna, causando uma formação irregular nas costas, onde a parte frontal é mais alta do que a traseira. Essa fratura, que é muito comum em atletas ativos, ocorre apenas em seres humanos, fato que é um dos principais motivos que levou os bioarqueólogos a pensarem na possibilidade de ser uma condição ancestral.

Kimberly Plomp, pesquisadora da Universidade de Simon Fraser, disse, em nota no estudo, que uma possível causa é o estresse colocado na coluna, gerado pela capacidade humana de andar de forma ereta com as duas pernas.

Para testar essa hipótese, os pesquisadores utilizaram técnicas de análise de forma 3D. Eles compararam vértebras lombares humanas – sem e com espondilólise – com ossos de símios, macacos antropomorfos – como gorilas, chimpanzés e orangotangos – que, assim como os humanos, pertencem à família Hominoidea.

Feita a comparação, o grupo notou que os seres humanos com espondilólise apresentavam diferenças ósseas mais aparentes com os símios, enquanto os humanos com as vértebras sem as lesões tinham a estrutura mais parecida com a formação óssea dos animais.

Anteriormente, cientistas haviam apontado que seres humanos com hérnias de disco apresentavam uma formação óssea mais similar aos chimpanzés e ancestrais do que os seres humanos com ossos saudáveis.

Mark Collard, professor de arqueologia da Universidade de Simon Fraser, acredita que a variação pode ser entendida como um espectro.

“Podemos imaginar a variação da forma vertebral nos seres humanos como um espectro, com uma extremidade tendo vértebras com uma forma ancestral e a outra extremidade tendo vértebras com adaptações bípedes exageradas. Onde as vértebras de um indivíduo se encontram nessa distribuição, influenciam a saúde da coluna vertebral”, disse Collard, em nota.

Por décadas, os cientistas acreditavam que a forma de andar dos seres humanos eram a principal causa da dor nas pernas; agora, porém, essa condição pode ser justificada por ligações ancestrais.

Os pesquisadores reconhecem que a teoria necessita de mais estudos, mas que a nova pesquisa contribui para demonstrar que o passado pode ter uma relação direta com questões atuais, como a prevenção da dor nas costas, que tem se tornado um problema moderno.

Fonte: Revista EXAME

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Arqueólogos descobrem complexa cirurgia cerebral realizada na Grécia Antiga.

Uma pesquisa da Universidade Adelphi, nos Estados Unidos, revelou uma complexa cirurgia cerebral feita na Grécia Antiga. Os cientistas analisaram fósseis de um grupo de arqueiros do Império Romano encontrados na ilha grega de Tasos.

Os especialistas estudaram dez esqueletos — quatro mulheres e seis homens — que provavelmente eram de alto nível social naquela época. Seus ossos indicam que eles praticavam atividade física, sofreram traumas e que um dos homens passou por uma cirurgia cerebral.

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A seta vermelha aponta para orifício no processo de infecção do arqueiro. Já as outras setas apontam para as dimensões do preparo cirúrgico (Foto: Reprodução/Universidade Adelphi)

“De acordo com as características esqueleto-anatômicas dos indivíduos, homens e mulheres viveram vidas fisicamente exigentes”, disse, em nota, Anagnostis Agelarakis, professor de antropologia no Departamento de História de Adelphi. “Os casos de trauma muito graves sofridos por homens e mulheres foram tratados cirurgicamente ou ortopedicamente por um médico muito experiente, com grande treinamento em tratamento de traumas. Acreditamos que tenha sido um médico militar”.

Quanto à cirurgia no cérebro, Agelarakis acredita que o homem era uma figura importante, porque a cirurgia parece ter sido complexa. Partindo dessa informação, a equipe conseguiu dados médicos e paleopatológicos sobre a cirurgia, concluindo que a causa provável do tratamento foi uma infecção. Além disso, o grupo descobriu que o arqueiro morreu logo após ou durante a intervenção. “A operação cirúrgica é a mais complexa que já vi nos meus 40 anos de trabalho com materiais antropológicos”, disse Agelarakis.

Os resultados do estudo estão descritos em um novo livro, Eastern Roman Mounted Archers and Extraordinary Medico-Surgical Interventions at Paliokastro in Thasos Island during the ProtoByzantine Period: The Historical and Medical History Records and the Archaeo-Anthropological Evidence, sem edição em português.

Fonte: Revista Galileu