Biologia, Evolução, Medicina Forense

Entomologia forense

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Entomologia Forense é a área da ciência na qual os insetos se tornam vestígios imprescindíveis para uma investigação criminal. Evidências de insetos demonstram quando um corpo foi movido para um segundo local depois da morte, ou se um corpo foi em algum momento manipulado por animais, ou pelo assassino que voltou á cena do crime, uso de entorpecentes, danos em bens imóveis, contaminação de materiais e produtos estocados dentre outros casos que se apresentam à investigação forense.

entomologia 1A entomologia forense também pode ser aplicada nas investigações sobre maus tratos, danos imobiliários e tráfico de entorpecentes, e vítimas de mortes violentas, podendo esclarecer a identidade do cadáver, a causa da morte, o lugar onde ocorreu e principalmente o tempo entre a morte e a data que o cadáver foi encontrado, denominado de intervalo pósmorte (IPM). Para que haja uma estimativa do IPM são necessárias espécies necrófagas, que utilizam matéria orgânica em decomposição como fonte de proteína e para ovoposição, acelerando a putrefação e a desintegração do corpo o que facilita o estudo do caso, pois cada fase de putrefação atrai um determinado grupo. Além da possibilidade de obter sangue e outros tecidos do cadáver do seu trato digestório, podem ser utilizados para extração de material genético do cadáver para exame de identificação através do DNA.

Oliveira-Costa (1990, 1991 apud CARVALHO, 2003), cita que a primeira aplicação da entomologia forense como ocorrida no século XIII no ano de 1235, na China, onde policias investigavam um assassinato ocorrido na zona rural, efetuado por instrumento corto-contundente. Os policiais então, desconfiando dos empregados de uma fazenda, solicitaram que os mesmos depositassem seus instrumentos no chão. Passados alguns minutos insetos começaram a pousar em uma foice, na qual havia vestígios de sangue. Quando o dono do instrumento foi interrogado, veio a confessar a autoria do crime. Esse episodio então, foi a primeira noticia da aplicação da entomologia forense relatada no livro “The washing of wrongs”, escrito por Sung Tz’u, embora a literatura especializada em entomologia concedesse ao médico Bergeret D’Arboois em 1855, na França, o fato de ter sido o primeiro a utilizar os insetos como indicadores forenses.

entomologia 3Segundo Mug (1994 apud OLIVEIRA-COSTA, 2003, p. 46) o médico D’Arbois estudou larvas e ovos de moscas presentes no corpo de uma criança encontrada sobre o piso de uma residência que fora coberto por uma camada de gesso. A associação da fauna necrófaga encontrada e o estágio de decomposição do cadáver revelou que a morte já teria ocorrido a certo período de tempo, inocentando os atuais moradores que residiam há pouco tempo na casa e incriminando os antigos moradores.

De acordo com Oliveira-Costa et al. (2000), essa ciência tornou-se mundialmente conhecida somente após 1894, com a publicação na França do livro “La faune des cadavres” de Mégnin, no qual o autor inclui fundamentações teóricas, descrições dos insetos e relatos de casos reais estudados por ele e colaboradores. Os estudos que resultaram neste livro ainda são utilizados como padrão para os achados de insetos cadavéricos que se sucedem de modo previsível no processo de decomposição.

Fonte:

  • Artigo científicoENTOMOLOGIA FORENSE: INSETOS AUXILIANDO A LEI
    Camila Santos de Santana, Daniel Siquieroli Vilas Boas

Notas da autora: 

Ficou interessado por mais informações? Acesse o link acima. Este é um artigo científico que explica a história da Entomologia Forense no mundo e no Brasil! Vale a leitura!

Biologia, Cursos e Congressos, Dicas, Medicina Forense

Pós-Graduação em Biociências Forenses + curso preparatório para Polícia Federal e Polícias Civis.

Está confirmada para o dia 06 de outubro, às 9h, em Brasília (DF), a aula inaugural da Pós-Graduação em Biociências Forenses + curso preparatório para PF e Polícias Civis. O curso é chancelado pela Universidade Católica de Goiás e é uma promoção do IFAR.

A especialização visa preparar de forma definitiva os candidatos com todo conteúdo específico da PF, além de Direito Penal, Processual Penal e dos conteúdos da prática Forense.

Mais informações: www.ifar.com.br ou (61) 3274 77 77/ 3224 6932 ou latosensu@ifar.com.br .

Texto recebido pelo CRBio 04.

Cursos e Congressos, Dicas, Medicina Forense

Curso de Psicologia Forense (Perícia Psicológica) em Curitiba, São Paulo e Londrina.

21 de Abril (9 hs às 18hs)

LOCAL: Alta Reggia Plaza Hotel – Rua Dr. Faivre, 846 – centro – Curitiba

PUBLICO ALVO 

Estudantes de Psicologia e Direito, Oficiais da Polícia Militar e Polícia Civil, Profissionais da Área de Saúde Mental e Assistência Social e Público em geral.

PROGRAMAÇÃO

– PSICOLOGIA FORENSE

– Breve Histórico

– Implicações criminológicas e correlações com o direito e saúde mental

– Contexto Atual da Violência no Brasil

– Impactos da Doença Mental

– Responsabilidades do Psiquiatra Forense

– Fatores modificadores da Responsabilidade Penal e da Capacidade Civil

– HISTÓRIA DOS PERFIS CRIMINAIS

– Classificações Criminológicas

– Identidade do Criminoso

– Abusadores Sexuais de Crianças

– Serial Killer e suas Características

– HOMICÍDIO E SUÍCIDIO SOB A PERSPECTIVA PSICOLÓGICA

– Transtornos de Personalidade

– Fenômenos Psíquicos

– Formação da Personalidade

– Formação do Caráter

– Homicídio Durante o Abuso de Substâncias

– Doença Mental

– Intervenções Profissionais

– Suicídio

– A PSICOPATIA NO SISTEMA PRISIONAL

– A Psicopatia Dentro do Sistema Penitenciário, o que Fazer?
– A Biotipologia Criminal
– É Possível a Reabilitação Dentro de um Presídio?
– Reincidência Criminal, Por Quê?
– Tratamento Penitenciário Diferenciado por Perfis

PALESTRANTE:

Rodrigo Soares Santos: Graduado em Psicologia pela Universidade Federal do Paraná (1999). Mestre em Avaliação Psicológica pela Universidade São Francisco (2006). Especialista em Psicologia Clínica (2002). Perito Assistente Técnico – Direito Penal – Direito de Família – Direito Cívil – Direito do Trabalho: Avaliação de Dano Psíquico – Contestação de Avaliação Psicológica em Concursos Públicos – Contestação de Avaliação Psicológica Forense – Professor de PSICOLOGIA FORENSE do Curso de DIREITO da UNIVERSIDADE POSITIVO (Curitiba – PR) – Professor de INVENTÁRIOS E TÉCNICAS GRÁFICAS DA PERSONALIDADE do Curso de Psicologia da FAE (Curitiba – PR) – Professor de DISTÚRBIOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO do Curso de Psicologia da FAE (Curitiba – PR)

INVESTIMENTO:

Profissionais: R$ 180,00 (Pago em 2 vezes)

Estudantes (Graduação e Pós Graduação): R$ 100,00 (Pago em 2 vezes)

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: 

Para realizar as inscrições basta acessar nosso site www.renovacursos.com.br e preencher a ficha de inscrição do Curso que deseja participar.

RENOVA CURSOS

WWW.RENOVACURSOS.COM.BR

TEL: 11 2379 3405

Texto recebido por email.

Biologia, Cursos e Congressos, Dicas, Medicina Forense

Pós em Ciências Forenses e Análises Clínicas e Toxicológicas em Goiânia.

O IEPG, em parceria com as Faculdades Oswaldo Cruz, irá realizar duas pós-graduações: Ciências Forenses (início 03 de fevereiro) e Análises Clínicas e Toxicológicas (Início 10 de fevereiro).

As aulas serão realizadas em Goiânia (GO), um final de semana por mês (sexta, sábado e domingo). Os cursos têm duração de 20 meses.

Mais informações: www.iepgcursos.com.br .

Texto recebido por email pelo CRBio04.

Biologia, Biologia Molecular, Curiosidades, Cursos e Congressos, Dicas, Medicina Forense, Notícias

Pós-Graduação em Perícia Criminal em BH.

O Centro de Pós Graduação – CPG (www.cursoscpg.com.br) é uma empresa prestadora de serviços educacionais, especializada em identificar demandas por cursos de especialização em todo território nacional.

A empresa irá realizar, em parceria com a Universidade Castelo Branco do Rio de Janeiro, a pós-graduação em Perícia Criminal nas cidades de Uberlândia (início das aulas 10 de fevereiro), Belo Horizonte (início das aulas 16 de março) e Goiânia (início das aulas 13 de julho).

Os encontros serão mensais, somente um final de semana por mês, sempre na sexta-feira à noite, sábado o dia todo e domingo de manhã.

Mais informações: http://pospericiacriminal.webnode.com

pericia@cursoscpg.com.br .

Texto recebido pelo CRBIO04.

Biologia, Cursos e Congressos, Dicas, Medicina Forense

Palestra gratuita em SP sobre Perícia Forense.

Amigos,

Eu que AMO Medicina Forense, quase morri quando vi esta palestra e claro, se morasse em São Paulo, não perderia por nada. Não percam a oportunidade!

Marília Escobar

Palestrante – Prof. Adelino Poli Neto. Especialista: em Saúde Pública pelo Conselho Regional de Biologia, em Hematologia pelo Conselho Regional de Biologia, e em Patologia Clínica pela – Universidade de Mogi das Cruzes. Membro da Sociedade Brasileira de Anatomia e da Associação Brasileira de Entomologia Forense.Professor Temporário da Academia de Polícia Civil da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo convênio SENASP – ACADEPOL -MJ.2010. Membro da Comissão de Estudos Sobre Perícias Foreses OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, Seção São Paulo.

As Ciências Forenses são fascinantes pela sua complexidade, afinal de contas quem nunca se prendeu assistindo a um seriado policial? Por isso buscamos através desta Palestra mostrar e compreender que o importante é saber quando a prova do fato depende do conhecimento técnico ou científico. Dentro deste contexto os peritos são escolhidos entre profissionais de nível universitário devidamente inscrito no órgão de classe competente, lei 7270 de 10-12-1984, sendo que nas perícias do fórum civil, caso seja necessário, o juiz nomeia o seu perito, que é denominado “perito do juiz” e cada parte indicará um assistente técnico que poderá elaborar quesitos a serem respondidos pelo perito do juiz, e poderá criticar, concordar ou complementar o laudo do “perito oficial” que pode ou não ser aceito pelo juiz CPC, lei federal nº. 5869 de 11-01-1973.

Por fim trataremos de maneira geral as responsabilidades e atuações nas áreas de: Toxicologia, Hematologia, Botânica Forense, Zoologia Forense, Piloscopia, Exame de unhas, Líquidos corporais, Genética Forense (Identificações), Sexologia Forense (paternidade, gravidez, aborto, reprodução humanas e anomalias genéticas ligadas ao sexo.), Fonética Forense, Antropologia Forense e outros exames que o Biólogo esteja profissionalmente capacitado para executá-los.

Palestra Gratuita, portanto, garanta sua Vaga através do sac@aprenda.bio.br!

Dia: 06 de Abril / quarta-feira

Horário: 18:00 as 20:00

Local: Rua Piauí 143 – 11ª andar – Aud de Comunicação da Universidade Presbiteriana Mackenzie – São Paulo – SP

Texto retirado do site Aprenda Bio (www.aprenda.bio.br).

Biologia, Dicas, Medicina Forense

Curso de criminalistica e locais de crime em Belo Horizonte / MG dia 30 abril.

Os peritos criminais trabalham em todo o tipo de crime que deixe vestígios. Seu papel é investigar a partir destes vestígios e encontrar relações com o delito, a fim de descobrir como o mesmo ocorreu e identificar seus autores, por isso a Criminalística é conhecida como uma ciência auxiliar do Direito Penal.  O curso abordará as atividades realizadas por  tais peritos como: chegada ao local do crime; analise minuciosamente de todas as evidências e possíveis provas técnicas e ainda contará com discussões de casos aproximando mais ainda os alunos da atividade de um perito criminal.

Hotel Normandy – Rua dos Tamoios, 212 – Belo Horizonte – MG

PUBLICO ALVO

Estudantes e Profissionais das áreas de Farmácia e Bioquímica; Ciências Biológicas, Biomedicina, Biotecnologia, Enfermagem, Medicina, Direito e demais interessados.

PROGRAMAÇÃO

• HISTÓRIA DA CRIMINALÍSTICA E METODOLOGIA

• VESTÍGIOS EM CRIMINALÍSTICA

• INTERAÇÃO DOS PERITOS E AGENTES POLICIAIS;

• IMPORTÂNCIA DO LOCAL DO CRIME E SUA PRESERVAÇÃO;

• CLASSIFICAÇÃO DOS LOCAIS DE CRIMES;

• TIPOS DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL:

(PAPILOSCOPIA, HEMATOLOGIA, IRISCOPIA, ANTROPOLOGIA, PILOSCOPIA E ODONTO FORENSE)

• ESTUDOS DE CASOS DE INVESTIGAÇÃO DE CENAS DE CRIME;

• COLETA DE EVIDÊNCIAS FORENSES

• DINÂMICA SOBRE EVIDÊNCIAS FORENSES

PALESTRANTE

• Dra. Célia Corrigliano: Perita Criminal de 1a. classe / Núcleo de Toxicologia Forense / Centro de Exames Análise  e Perícias / Instituto Médico-Legal / Superintendência de Policia Técnico-Científica / Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo.

INVESTIMENTO

Profissionais: R$ 150,00 (Pago em 2 vezes)

Estudantes: R$ 100,00 (Pago em 2 vezes)

Como se inscrever:

Preencher ficha de inscrição on-line (www.renovacursos.com.br) ;

Após a confirmação da vaga, efetuar depósito de 50% do valor do Curso no prazo de 72hs (3 dias) e enviar o comprovante via fax (11- 2307 1675) ou via e-mail.

Biologia, Dicas, Medicina Forense, Notícias

Curso de criminalística e locais de crime

Os peritos criminais trabalham em todo o tipo de crime que deixe vestígios. Seu papel é investigar a partir destes vestígios e encontrar relações com o delito, a fim de descobrir como o mesmo ocorreu e identificar seus autores, por isso a Criminalística é conhecida como uma ciência auxiliar do Direito Penal.  O curso abordará as atividades realizadas por  tais peritos como: chegada ao local do crime; analise minuciosamente de todas as evidências e possíveis provas técnicas e ainda contará com discussões de casos aproximando mais ainda os alunos da atividade de um perito criminal.

Local: HOTEL NORMANDY – Rua dos Tamoios, 212 – Centro – Belo Horizonte – MG

PUBLICO ALVO

Estudantes e Profissionais das áreas de Farmácia e Bioquímica; Ciências Biológicas, Biomedicina, Biotecnologia, Enfermagem, Medicina, Direito e demais interessados.

PROGRAMAÇÃO

  • HISTÓRIA DA CRIMINALÍSTICA E METODOLOGIA
  • VESTÍGIOS EM CRIMINALÍSTICA
  • INTERAÇÃO DOS PERITOS E AGENTES POLICIAIS;
  • IMPORTÂNCIA DO LOCAL DO CRIME E SUA PRESERVAÇÃO;
  • CLASSIFICAÇÃO DOS LOCAIS DE CRIMES;
  • TIPOS DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL: PAPILOSCOPIA, HEMATOLOGIA, IRISCOPIA, ANTROPOLOGIA, PILOSCOPIA E ODONTO FORENSE;
  • ESTUDOS DE CASOS DE INVESTIGAÇÃO DE CENAS DE CRIME;
  • COLETA DE EVIDÊNCIAS FORENSES;
  • DINÂMICA SOBRE EVIDÊNCIAS FORENSES.

PALESTRANTE

• Dra. Célia Corrigliano: Perita Criminal de 1a. classe / Núcleo de Toxicologia Forense / Centro de Exames Análise  e Perícias / Instituto Médico-Legal / Superintendência de Policia Técnico-Científica / Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo.

INVESTIMENTO

Profissionais……………………………………………R$ 150,00 (Pago em 2 vezes)*

Estudantes ……………………………………………..R$ 100,00 (Pago em 2 vezes)*

* Desconto para Grupos de 5 estudantes (R$ 80,00 cada) e Grupos de 3 Profissionais (R$ 120,00 cada)*

Como se inscrever:

• Preencher ficha de inscrição on-line (www.renovacursos.com.br) ;

Biologia, Dicas, Medicina Forense

Curso de Entomologia Forense em Belo Horizonte

A Entomologia Forense é o estudo dos insetos, associados à decomposição de um cadáver humano com a finalidade de, para efeitos legais, se determinar a data de morte, e, se possível, deduzir as circunstâncias em que ocorreu a morte ou as que se seguiram depois desta. Esta ciência é utilizada com um tempo de morte superior a 3 dias, visto que em tempos inferiores, existem outros métodos forenses igualmente precisos. Porém, após três dias, as evidências fornecidas pelos insetos são frequentemente mais valiosas, e às vezes, o único método de se determinar o PMI (intervalo post mortem). É dos parâmetros que os médicos forenses mais dificuldade sentem em calcular e para que os insetos são fantásticos indicadores. A Entomologia também presta serviço em resolver questões como local e causa de morte, origem de substâncias ilícitas (em particular, cannabis) e maus tratos a crianças ou bebés.

Atualmente, esta atividade não só é reconhecida pela ciência, como tem sido empregada, sobretudo nos países desenvolvidos, como um importante recurso das ciências forenses.

25 DE SETEMBRO – 2010 (SÁBADO) –  HORÁRIO DAS 9:00 ÀS 18 HS

BEST WESTERN SOL BELO HORIZONTE – Rua da Bahia, 1040 – Centro – Belo Horizonte – BH

PROGRAMAÇÃO

Histórico, Contexto e Importância da Entomologia;

• Principais Aplicações;

• Biologia, Ecologia e Morfologia de Insetos Adultos;

• Biologia, Ecologia e Morfologia de Insetos Imaturos;

• Técnicas de Coleta, Montagem e Manutenção de Insetos em Laboratórios;

• Calculo do Intervalo Pós Morte;

• Outras Abordagens na Análises de Amostras Biológicas;

PALESTRANTE

• Dra. Patrícia Jacqueline Thyssen: Membro da Associação Brasileira de Entomologia Forense, Graduada em Ciências Biologicas pela Universidade São Francisco, Mestre e Doutora em Parasitologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Pós-doutorado em Parasitologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) Botucatu-SP. Atualmente. Tem experiência na área de Parasitologia e Entomologia, atuando principalmente nos seguintes temas: entomologia forense, sistemática e biologia de Diptera (Muscomorpha), taxonomia, entre outros.

INVESTIMENTO

Profissionais …………………………………………….R$ 200,00 (Pago em 2 vezes)

Estudantes (Graduação e Pós Graduação)……….R$ 100,00 (Pago em 2 vezes)

Como se inscrever:

• Preencher ficha de inscrição on-line (www.renovacursos.com.br) ;

• Após a confirmação da vaga efetuar depósito de 50% do valor do Curso no prazo de 72hs (3 dias) e enviar o comprovante via fax

(11- 2307 1675) ou via e-mail (saude@renovacursos.com.br). Os 50% restantes deverão ser pagos no dia do Curso;

• Banco Bradesco – Agencia: 0120 – C/C: 0132813-1 / Tamborim Propaganda e Eventos Ltda. (CNPJ: 08.824.921/0001-80)

www.renovacursos.com.br
http://twitter.com/RenovaCursos

Medicina Forense

Entomologia Forense

A Entomologia Forense é o estudo dos insetos, ácaros e outros artrópodes, associados com um cadáver humano para se determinar a data da morte, e, quando for possível, deduzir as circunstâncias que cercaram o fato antes do ocorrido ou que se seguiram depois deste. Evidências de insetos também podem mostrar se o corpo foi movido para um segundo local depois da morte, ou se o corpo foi em algum momento manipulado por animais, ou pelo assassino que voltou à cena do crime.

Esta é uma área muito interessante para nós, biólogos, e a remuneração é ÓTIMA! Para vocês terem uma idéia, o PERITO FEDERAL (concurso) ganha cerca de R$ 12 mil por mês.

Fiz um curso de CIÊNCIAS FORENSES pela empresa INTEGRA (http://www.integracursos.com.br/) e adorei! A empresa é ótima e o curso é SENSACIONAL. Foi inclusive neste curso que me apaixonei pela Entomologia Forense. Assim que eu tiver notícias dos próximos cursos, escrevo aqui pra vocês.

Uma dica bacana é o livro “Entomologia Forense: Quando os insetos são vestígios.” da Prof. Janyra Oliveira Costa, especialista em Entomologia Forense. Você pode solicitar o livro pelo site da Janyra (http://www.janyraoliveiracosta.bio.br/) ou pelo seu email (janyraento@bol.com.br) por apenas R$ 65,00. Vale a pena adquirir um!

Entomologia forense
Por Oliveira-Costa, Janyra

Introdução

A Entomologia Forense é a ciência que aplica o estudo dos insetos a procedimentos legais. As pesquisas nesta área são feitas desde a década de 1850 e nas últimas décadas vem obtendo progressos. A princípio existia um grande ceticismo quanto a sua aplicação, porém, paulatinamente, peritos criminais e legistas passam a contar com o auxílio de entomólogos para aprimorarem seu trabalho. Atualmente, vem crescendo o interesse de pessoas ligadas a instituições judiciais e cientistas forenses em como conduzir a entomologia junto a outras técnicas de investigação em casos de morte (Catts & Haskell, 1991). Os principais centros de investigação do mundo todo como, por exemplo, o Federal Bureau Investigation – F.B.I. (Estados Unidos), já contam com auxílio de entomólogos. As pesquisas realizadas no exterior já somam um grande banco de dados sobre o padrão de sucessão de insetos nos corpos, porém, devido às nossas condições climáticas aliadas à grande extensão territorial, esses dados não podem ser seguramente utilizados nos nossos exames periciais. Os entomólogos brasileiros, por sua vez, devido a impedimentos jurídicos e éticos, desenvolvem esse estudo em carcaças animais visando extrapolá-los para cadáveres humanos, portanto se faz necessário uma pesquisa mais abrangente no meio pericial.

A divulgação dessa ciência no âmbito policial nacional é quase inexistente e em razão disso, dados entomológicos importantíssimos são completamente ignorados, conseqüentemente, revelações valiosas se perdem. Na realidade, até agora pode se dizer que a perícia médico-legal baseia-se, ainda quase exclusivamente, na observação atenta das alterações macroscópicas que se sucedem na decomposição dos corpos, sujeitas a inúmeras causas de variação, umas acelerando sua sucessão e outras retardando. O presente trabalho tem como finalidade divulgar essa ciência, a fim de alterar esse quadro.

Classificação

Lord e Stevesson (1986), em Washington, classificaram essa ciência em 3 categorias distintas: urbana, de produtos estocados e médico-legal.

  • URBANA – inclui ações cíveis envolvendo a presença de insetos em imóveis, danificando-os, como, por exemplo, a presença de cupins. Essa modalidade é muito utilizada em ações envolvendo compra e venda de imóveis;
  • DE PRODUTOS ESTOCADOS – trata da contaminação em grande extensão de produtos comerciais estocados, como, por exemplo, o caruncho, que é uma espécie de besouro que ataca os cotilédones do feijão;
  • MÉDICO-LEGAL – é a categoria que mais nos interessa, visto que, envolve a área criminal, principalmente, com relação à morte violenta. E é a essa categoria que se dedica o presente trabalho.

Origem

Os manuais de Medicina Legal que citam Entomologia Forense referem-se a sua primeira aplicação como ocorrida em 1235, na China, baseados em um manual chinês, escrito por Sung Tz’u, intitulado “The washing away of wrongs”. Nesse livro ele citou um caso de um homicídio perpetrado com uso de instrumento de ação cortante, cujos investigadores, na busca de vestígios na vizinhança, localizaram uma foice em torno da qual sobrevoavam moscas, possivelmente, atraídas pelos odores exalados pelos restos de substâncias orgânicas ali aderidas e imperceptíveis a olho nu. Em vista disso, o proprietário da foice foi interrogado pela polícia, levando-o a confessar a autoria do crime (apud McKnight, 1981). Contudo, a literatura especializada em entomologia atribui a primeira utilização dessa ciência a Bergeret, em 1855, na França, pois ele foi o primeiro a utilizar, conscientemente, insetos como indicadores forenses. Neste caso foi encontrado o corpo de uma criança oculto no piso, coberto por uma capa de gesso, no interior de uma residência. Ele indicou um intervalo post mortem extenso através da associação da fauna encontrada com o estágio de decomposição do cadáver, e como os moradores residiam no imóvel há poucos meses, as investigações e suspeitas dirigiram-se aos habitantes anteriores da casa.

Essa ciência, porém, só se tornou mundialmente conhecida após 1894, com o célebre trabalho de Mégnin o qual publicou, na França, o livro “La faune des cadavres”. Nesse livro, ele divide os insetos que visitam os cadáveres em oito legiões distintas, que se sucedem de modo previsível no processo de decomposição, com duração de cerca de três anos. Essas legiões são, ainda hoje, muito divulgadas em livros de Medicina Legal, porém, apesar deste trabalho ter sido um marco genial na história dessa ciência e uma grande descoberta quanto ao padrão de sucessão de insetos europeu, esses dados não podem ser aplicados no Brasil. Nosso clima tropical conduz a um processo de decomposição muito mais veloz do que o europeu, além de que algumas das espécies verificadas aqui não ocorrem em países de clima temperado.
No início do século, alguns pesquisadores brasileiros realizaram pesquisas nesta área e apesar de obterem bons resultados enfrentaram uma série de dificuldades devido à carência de dados taxonômicos, biológicos e técnicos. Entre eles podem ser citados Roquete-Pinto (1908) e Oscar Freire (1914 até 1923). Depois desses trabalhos o assunto ficou esquecido durante anos no Brasil, a despeito do seu desenvolvimento mundial.

Aplicações nos casos de morte violenta

Conhecimentos entomológicos podem ser utilizados para revelar o modo e a localização da morte do indivíduo, bem como mais freqüentemente, estimar o tempo de morte (intervalo post mortem – IPM).

1. Local da morte

Baseado na distribuição geográfica, habitat natural e biologia das espécies coletadas na cena da morte, é possível verificar o local onde a morte ocorreu. Por exemplo, certas espécies de dípteros da família Calliphoridae são encontradas em centros urbanos. E, em vista disso, a associação dessas espécies a corpos encontrados em meio rural sugere que a vítima tenha sido morta no centro e levada para o ponto onde foi encontrada. Da mesma forma que, algumas moscas apresentam habitat específico, além de distinta preferência em realizar postura em ambientes internos ou externos, e até mesmo, em diferentes condições de sombra e luz.

2. Modo da morte

Drogas e tóxicos presentes nos corpos afetam a velocidade do desenvolvimento de insetos necrófagos. Cocaína, heroína, “methamphetamina”, “amitriptylina” e outros metabólitos têm mostrado efeitos no desenvolvimento das larvas e da decomposição, podendo indicar um caso de morte por ingestão de dose letal dessas substâncias (“over dose”) (Goff et al 1989, 1991, 1992, 1993). Pela voracidade das larvas, os fluidos do corpo e partes macias necessárias para as análises toxicológicas desaparecem, sendo então, necessário identificar esses medicamentos e substâncias tóxicas no corpo de larvas de insetos necrófagos que se alimentaram desses cadáveres contaminados (Lord, 1991; Gunatilake & Goff, 1989). Podendo, também, a presença de certas substâncias, como o arseniato de chumbo e o carbamato, impedir a colonização do cadáver por certos insetos necrófagos (Leclerq & Vaillant, 1992 ; Oliveira-Costa, 2000).

3. Intervalo post mortem (IPM)

Na medicina legal uma das questões mais críticas reside em “Quando a morte se deu?” A determinação do intervalo post mortem é, freqüentemente dada por patologistas e antropólogos forenses e, raramente um entomólogo é consultado (Schoenly et al, 1991). Circunstâncias intrínsecas e extrínsecas fazem variar a marcha e a fisionomia particular dos fenômenos putrefativos. Desta forma, não se pode imaginar problema de mais difícil solução e que exija maior reserva dos peritos do que a cronologia da morte. Para responder a esse quesito, os Peritos podem se valer da evolução da rigidez cadavérica, resfriamento do corpo, livores cadavéricos, evolução das fases de decomposição e, mais recentemente, da fauna cadavérica. Normalmente, nos métodos tradicionais, o IPM e a sua estimativa são inversamente proporcionais, isto é, quanto maior for o IPM, menor é a possibilidade de acurada determinação. Porém, com auxílio de conhecimentos entomológicos, quanto maior o intervalo mais segura é a estimativa (Goff & Odom, 1987). O método entomológico pode ser muito útil, sobretudo, com um tempo de morte superior a 3 dias (Catts & Haskell, 1991). Das técnicas de cronotanatognose como relatório policial, necropsia, e entomológica, estatisticamente, a entomológica é a mais eficiente (Kashyap & Pilay, 1989).

Outras aplicações

1. Entorpecentes

Identificar a origem da Cannabis sativa (maconha), com base na identificação dos insetos acompanhantes da droga que, no momento da prensagem do vegetal, ficaram ali retidos, traçando a rota do tráfico através da distribuição geográfica dos mesmos (Crosby et al. 1985).

2. Maus tratos

A ciência pode, ainda, ser utilizada em casos de maus tratos a crianças. É possível precisar o número de dias, durante os quais, o bebê foi privado de cuidados de higiene baseando-se na determinação da idade das larvas de moscas achadas nos cueiros e camas. (Lord & Rodriguez, 1989; Goff et al, 1991).

Texto retirado do site da Polícia Civil RJ.